Médico do Trabalho da SMCC explica a importância do profissional na saúde do trabalhador

26 jan, 2022 | Notícias

Toda função possui riscos, que devem ser identificados e prevenidos

Apesar de muita gente relacionar o médico do trabalho apenas aos exames periódicos, sua atuação vai muito além disso. Ele é responsável por cuidar da saúde do trabalhador, avaliando riscos ocupacionais, sugerindo mudanças nas empresas e a periodicidade em que cada funcionário deve ser avaliado para verificar o impacto da função em sua saúde. Confira vídeo sobre o tema aqui https://www.youtube.com/watch?v=KipaLVVySK0.

“Todo posto de trabalho tem seus riscos. Riscos específicos que devem ser identificados. Pode ser um ruído um pouco mais elevado, calor, frio, agentes nocivos, como bactérias, fungos e produtos químicos. Diante desses riscos, nós temos que tomar algumas providências, algumas precauções, para que essas situações não tragam lesões ou problemas para a saúde do trabalhador”, explica Dr. Sartori.  “Além disso, nós temos também riscos de situações de como se trabalha, que seriam as posições no trabalho, como se faz este ou aquele movimento. Também consideramos as situações de como se executa o trabalho, como são as relações de trabalho, as atividades, o ritmo… que seria o que a gente pode considerar o “conforto no trabalho””, complementa.

Esses riscos, uma vez identificados, são registrados em documentos e fazem parte do escopo de tarefas que uma empresa deve ter para zelar pela saúde do trabalhador. Tanto a segurança do trabalho quanto a saúde do trabalho, representada pela Medicina do Trabalho, vão discutir essa situação sempre junto ao Departamento de Recursos Humanos e à CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).

O médico do trabalho é responsável por fazer a gestão do Programa de Controle de Medicina Ocupacional. Isso significa que é ele quem vai determinar de quanto em quanto tempo o paciente deve ser monitorado, de acordo com cada risco específico, e quando deve ser feito o exame periódico.  “Esse exame periódico pode ser executado a cada seis meses, a cada um ano ou, às vezes, dependendo do risco, a cada dois anos. O ideal é que esse prazo não seja muito longo para que a gente possa estar sempre tendo um contato com o trabalhador e podendo fazer sempre uma análise de como seu serviço está indo e de como seu trabalho e sua saúde estão se relacionando”, comenta.

E como saber se o médico e a empresa estão cuidando bem da saúde do trabalhador? “É simples. Na internet, no site do Ministério do Trabalho, você encontra toda a legislação disponível sobre os cuidados necessários para o trabalhador: as Normas Regulamentadoras, conhecidas como NRs. Elas são criadas a partir de três pilares: trabalhadores, empregadores e governo. Então são opiniões de três partes interessadas para se formar “receitas” de como trabalhar de forma adequada com o trabalhador dentro da empresa. Como conduzir, de uma forma segura, o trabalho dentro de cada atividade econômica no Brasil”, afirma. O site do Ministério do Trabalho é https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br.

Dr. Sartori explica que, dentro das NR´s, houve uma revisão recente da NR 1 (Confira neste link https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf), que entrou em vigor em 3 de janeiro de 2022. Agora empresas são obrigadas a identificar os riscos e apresentar para os órgãos competentes uma forma de como lidar eles. “Seja aniquilando-os já na sua origem ou protegendo os trabalhadores de forma que esses riscos não tragam prejuízos à saúde”, comenta.

De acordo com o médico, o trabalho ideal é aquele que traz satisfação para a pessoa, além de alguns fatores específicos, como a remuneração, o bem-estar e, principalmente, que não traga nenhum prejuízo à saúde. “Nós, médicos do trabalho, entendemos que a melhor opção é aquele trabalhador se encaixar no que ele faz de melhor, ou seja, quando o posto de trabalho está adequado às habilidades daquele trabalhador. E não o trabalhador se adequar ao post de trabalho”, reforça.

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