Em 26 de maio, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Catarata e ao Glaucoma
No Dia Nacional de Combate à Catarata e ao Glaucoma (26 de maio), a SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas) lança um vídeo de conscientização sobre a catarata, que é a principal causa de cegueira reversível no mundo. O objetivo do vídeo é esclarecer as maiores dúvidas da população sobre a doença, cuja incidência vai aumentando a cada década de vida e pode atingir mais da metade da população na faixa dos 75 anos.
No vídeo, o coordenador do Departamento Científico de Oftalmologia da SMCC, Dr. Kleyton Barella, explica o que é a catarata, quais os sintomas, como é feito o diagnóstico e qual o melhor tratamento. Você pode acessar o vídeo neste LINK.
“A catarata é a opacificação parcial ou total do cristalino, que é uma lente existente dentro de todos os olhos, localizada logo atrás da íris, e serve para focar as imagens. Catarata não é o pterígio, que é a famosa carne crescida conjuntival sobre a córnea”, explica o oftalmologista.
De acordo com ele, a catarata mais comum no mundo é a senil, ou seja, aquela associada ao envelhecimento. “Lembro que o cabelo e o cristalino são compostos por proteínas. Do mesmo jeito que, com a idade, o cabelo vai ficando branco, o cristalino vai perdendo sua transparência, levando à catarata”, compara. O médico explica que essa desnaturação proteica é a mesma que acontece com a clara de ovo transparente, que quando batida com um garfo, fica branca automaticamente.
“Outras causas de catarata são as traumáticas, as associadas ao uso de medicamentos, principalmente corticoide, uveítes ou inflamações intraoculares, radiação ultravioleta, doenças congênitas, por anomalias do desenvolvimento ocular, e diabetes descontrolado, entre outras”, alerta.
Sintomas
Entre os principais sintomas, estão piora da acuidade visual progressiva, que é a clareza e a nitidez com que enxergamos; mudança constante do grau dos óculos; miopização, que é a melhora da visão para perto, sem óculos, depois dos 60 anos; espalhamento das luzes e a visual dupla monocular (em um olho só).
Diagnóstico
O diagnóstico é feito em uma consulta de rotina com o oftalmologista. “Iremos medir a sua porcentagem de visão e, na lâmpada de fenda, ou seja, no microscópio do oftalmologista, de preferência com a pupila dilatada, iremos classificar a perda de transparência do cristalino”, conta o médico. “Também iremos solicitar exames para saber qual a melhor lente intraocular irá substituir o cristalino que perdeu sua transparência, e se podemos aguardar mais um tempo para operar ou já indicar o tratamento, que é sempre cirúrgico”, diz.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco são idade avançada, diabetes descompensado, uso de medicamentos, principalmente o corticoide, história familiar de catarata precoce ou genética, radiação ultravioleta, inflamações e traumas intraoculares.
Tratamento
O único tratamento existente até os dias de hoje é a cirurgia. “Atualmente, é um procedimento minimamente invasivo, no qual um aparelho chamado facofragmentador, que apresenta na ponta uma pequena canetinha com ultrassom, trinca o miolo da catarata e o aspira por meio de uma microincisão”, descreve. “Ao final, colocamos uma lente intraocular artificial dentro da pele do cristalino, clareando a visão e diminuindo ao máximo o grau dos óculos para longe e, algumas vezes, para perto também”, completa.
Dr. Barella reforça que todos os pacientes devem fazer uma consulta anual com um oftalmologista de confiança. “Lembramos que, estatisticamente, todos iremos operar a catarata perto dos 65, 70 anos de idade, com as técnicas atuais. Alguns antes, dependendo dos fatores de risco já comentados. Enfatizo que o oftalmologista é o único profissional habilitado para cuida da saúde dos seus olhos”, finaliza.