É com enorme pesar que a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC) registra o falecimento do Dr. Antonio de Pádua Franceschi na madrugada dessa segunda-feira (3), em Campinas. Médico querido por nossa entidade!
Um dos grandes profissionais homenageados com o Prêmio Paes Leme em 2017, a maior honraria oferecida pela SMCC às personalidades que prestaram relevantes serviços à comunidade, na área da Saúde.
Dr. Antonio de Pádua Franceschi viveu sua infância em fazendas, em função da profissão de seus pais e concluiu o ensino primário indo para a escola a cavalo. Porém, não pôde continuar o ensino secundário devido às sucessivas mudanças de moradia, interrompendo seus estudos até completar 18 anos de idade.
Desde criança sempre sonhou em ser médico, pois queria seguir o exemplo de um tio que morava no Rio de Janeiro. Já em Ribeirão Preto, fez o supletivo e começou a trabalhar para continuar seus estudos.
Em 1963, foi aprovado na primeira turma da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Conseguiu conciliar o estudo com o trabalho em Campinas e durante todo o curso dormia apenas duas horas por noite.
Dr. Franceschi formou-se em Pediatria e Dermatologia e atuou durante sete anos no Departamento de Microbiologia. Fundou alguns cursos para a Engenharia de Alimentos, Enfermagem e Medicina.
Em 1974 fundou seu próprio laboratório em uma garagem pequena. Com o seu “sócio-amigo-ex-aluno”, Dr. Ulysses Moraes de Oliveira fundou, em pouco tempo, a matriz no Cambuí.
Atualmente, o Laboratório Franceschi possui duas unidades em Paulínia, Sumaré, Jaguariúna e cinco unidades em Campinas. Conta com 150 colaboradores e atende uma média de 300 pacientes por dia.
Dr. Franceschi trabalhava de segunda a sexta-feira, levantando todos os dias às 6h00. Dizia que tinha esta disposição por saber que iria atender seu paciente, pois afirmava que esse encontro entre médico e paciente é o que há de mais bonito na profissão. Em entrevista ao Departamento de Comunicação da SMCC ele disse na ocasião de entrega do Prêmio que muitas vezes o paciente não tem doença nenhuma, mas está “doente” é de atenção, de ser ouvido; que é a função do profissional de medicina.
Para as pessoas que sonham em cursar medicina, Dr. Franceschi chegou a dar uma dica: – “É preciso muita coragem para enfrentar os momentos difíceis, capacidade para entender o paciente e conhecimento de doenças e critérios para atender com eficiência. Além disso, o bom senso é fundamental, já que terá que tomar decisões com muitas variáveis e precisará de bom senso…”