Em vídeo, oncologista da SMCC explica o que as mulheres precisam fazer para evitar este tipo de câncer que é o terceiro mais comum no público feminino
Terceiro tipo de câncer mais comum nas mulheres brasileiras e o quarto que mais mata quando falamos no público feminino, o câncer de colo de útero pode ser prevenido de forma simples e com recursos disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde). Por isso, é tão importante que as mulheres se conscientizem sobre a importância da prevenção. Para ajudar a disseminar informações seguras a respeito do tema, a SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas) elaborou um vídeo, sobre o Março Lilás, mês de conscientização sobre a doença. Confira neste LINK.
De acordo com o oncologista Dr. Leonardo Silva, responsável pelas orientações, mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero são causados por uma infecção pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano), muito comum na população. “É importante falarmos desse vírus porque hoje nós temos disponível uma vacina que previne contra a infecção do HPV. Ela está disponível no Brasil, pelo Ministério da Saúde, e incluída no calendário vacinal brasileiro”, explica o médico, ao abordar uma das formas mais eficazes de prevenção da doença. Essa vacina é recomendada para meninas entre os 9 e os 14 anos de idade, e para meninos, entre 11 e 14 anos de idade. “Prevenindo a infecção contra o HPV, é possível prevenir o desenvolvimento da doença na idade adulta”, destaca.
Além da vacinação, também é indicado fazer o papanicolau, exame de rastreamento do câncer de colo do útero. “Ele é realizado nos centros de saúde e é recomendado para mulheres a partir dos 25 anos de idade. O exame de papanicolau é fundamental para que a gente possa diagnosticar o câncer de colo do útero nos seus estágios mais iniciais ou mesmo lesões que a gente chama precursoras de câncer, que ainda não são câncer, mas podem evoluir para o câncer. Com esse exame, conseguimos tratar essas lesões mais precocemente, evitando, assim, o desenvolvimento da doença. Se ela estiver nesses estágios mais iniciais, as chances de cura são muito mais elevadas”, orienta.
O oncologista explica que o câncer do colo do útero costuma ser assintomático, ou seja, a mulher não apresenta nenhum sintoma. “Quando os sintomas existem, o mais frequente é o sangramento vaginal anormal. É aquele sangramento que difere do sangramento da menstruação e que pode ou não acontecer após uma relação sexual”, diz. A doença também pode apresentar sintomas como dor abdominal e dor na região pélvica, mas a ocorrência é muito rara. “Na presença de algum desses sintomas, a mulher deve procurar um médico o mais rapidamente possível”’, afirma.
O tratamento de câncer do colo do útero envolve diferentes modalidades, como, por exemplo, cirurgia, nos estágios mais iniciais, e quando está em um estágio mais avançado, radioterapia associada à quimioterapia. De acordo com o Dr. Leonardo Silva, a decisão de tratamento é feita caso a caso.
“A gente sabe que a doença é potencialmente curável com o tratamento e também potencialmente prevenível com a utilização da vacinação do HPV e o rastreamento com o exame de Papanicolau”, reforça. Por isso, é muito importante fazer a prevenção.