Você já refletiu sobre como estará a profissão médica no Brasil na próxima década? De acordo com o estudo “Demografia Médica no Brasil”, realizado pela FMUSP, o país caminha para alcançar a marca de mais de 1,15 milhão de médicos até 2035. Para quem enxerga a medicina também como um negócio, compreender essas mudanças é fundamental para tomar decisões de carreira, estruturar estratégias de expansão e se destacar em um ambiente cada vez mais competitivo.
Crescimento Acelerado: A População Médica Vai Dobrar
Entre 2023 e 2035, a quantidade de médicos em atividade no Brasil deve mais que duplicar, passando de 572 mil para cerca de 1,15 milhão de profissionais. O motor desse crescimento é a abertura de novas escolas médicas, já são mais de 448 instituições, responsáveis por quase 50 mil vagas por ano.
O que isso representa na prática?
- Maior concorrência nos grandes centros urbanos.
- Necessidade de diferenciação por meio de especialização e gestão eficiente de clínicas.
- Expansão de oportunidades em áreas menos assistidas do país.
Feminização e Rejuvenescimento da Profissão
O estudo aponta ainda que, em 2035, 56% dos médicos serão mulheres, e a idade média da categoria cairá para 40,8 anos. A nova geração, mais jovem, traz consigo um perfil diferente: valorização da qualidade de vida, maior afinidade com tecnologia e novas expectativas em relação à carreira.
Por isso, investir em modelos de gestão que promovam inovação, diversidade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional pode ser decisivo tanto para atrair pacientes quanto para engajar novos talentos.
Distribuição Desigual: O Grande Desafio
Apesar do crescimento acelerado, a concentração regional de médicos continuará desigual. Enquanto o Distrito Federal poderá atingir uma média de 11,8 médicos por mil habitantes, estados como Maranhão e Pará não devem ultrapassar 3 profissionais por mil habitantes.
Isso significa que municípios do interior e regiões das Norte e Nordeste seguirão enfrentando carência de especialistas. Para médicos interessados em empreender, abrir clínicas ou atuar em modelos híbridos (SUS + privado), esses locais podem representar um campo fértil de oportunidades.
Especialistas: Concentração nos Grandes Centros
O número de médicos especialistas também tende a se manter concentrado nos grandes polos, como São Paulo e Distrito Federal, deixando outras regiões com déficit de profissionais.
Para quem está em fase de residência ou planejando uma mudança de especialidade, vale considerar áreas com baixa oferta e alta demanda regional, como pediatria, ginecologia e psiquiatria. Essa escolha pode garantir mais segurança e projeção profissional em médio e longo prazo.
Conclusão
A demografia médica no Brasil está em plena transformação. Para médicos que também atuam como empreendedores, esses dados vão muito além das estatísticas: são indicadores estratégicos que revelam riscos, oportunidades e os caminhos mais promissores para crescimento.
A pergunta é: você já está preparado para se destacar nesse cenário em evolução? A Mitfokus pode ajudar a estruturar sua clínica com inteligência contábil e uma visão estratégica voltada para o futuro.