Doença causou quatro mortes em Campinas; comunidade médica precisa estar preparada para diagnosticar o problema
O surto de febre maculosa em Campinas deixou todos em alerta! Ciente da importância de que a comunidade médica precisa estar preparada para o diagnóstico precoce, a SMCC está divulgando materiais produzidos pela Secretaria Municipal de Saúde, com o objetivo de esclarecer e orientar sobre as principais dúvidas e protocolos.
O surto da doença causou a morte de quatro pessoas, que frequentaram grandes eventos entre 27 de maio e 3 de junho, onde ficaram expostas ao carrapato-estrela. Com alta taxa de letalidade, a febre maculosa é transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma, principalmente o Amblyomma sculptum.
Para que haja a transmissão da doença, é necessário que o carrapato fique cerca de 4 horas se alimentando com o sangue do hospedeiro. Por isso, é importante orientar para que a pessoa faça uma inspeção do corpo todo durante e após frequentar áreas de risco. O carrapato deve ser removido de forma cuidadosa, com pinça, se ser esmagado.
Os principais hospedeiros do carrapato-estrela são as capivaras e os cavalos. São considerados hospedeiros secundários os gambás, saguis, bois, etc.
São suspeitas de contaminação por febre maculosa as pessoas que apresentarem os seguintes sintomas:
- Febre de início súbito, cefaleia, mialgia e que tenha relatado história de picada de carrapatos e/ou contato com animais domésticos e/ou silvestres e/ou ter frequentado área sabidamente de transmissão de febre maculosa, nos últimos 15 dias;
- Febre de início súbito, cefaleia e mialgia, seguidas de aparecimento de exantema máculo-papular, entre o 2º e o 5º dias de evolução, e/ou manifestações hemorrágicas.
Tratamento:
O tratamento DEVE ser instituído no momento da suspeita, o mais precoce possível. Não aguardar evolução da piora do caso, o surgimento de exantema ou a confirmação laboratorial do caso.
A profilaxia NÃO está indicada mesmo que o paciente relatar o achado de carrapato aderido ao corpo.
- Acesse AQUI material completo elaborado pela Prefeitura de Campinas sobre o tema.
- Confira também NESTE LINK a aula gravada em 15 de junho pelo médico Infectologista Dr Rodrigo Angerami, coordenador do Departamento Científico de Infectologia da SMCC. A aula é destinada a médicos e profissionais de saúde dos serviços públicos e particulares e aborda 1. Etiologia, Aspectos clínicos, Diagnóstico laboratorial, Cenários ecoepidemiológicos e Como reduzir a letalidade.