Encontro tem como objetivo fechar parcerias com instituições privadas para viabilizar o mutirão
O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn estará em Campinas amanhã, dia 7, às 11h, na sede da SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas), para uma reunião com representantes de hospitais privados da região de Campinas, prefeitos, secretários municipais de saúde, serviços filantrópicos e representantes do Sindhosp (Sindicados dos Hospitais) para viabilizar parcerias para a realização do mutirão de cirurgias anunciado no último dia 25 de maio.
A Regional de Saúde de Campinas, composta por 42 cidades, possui 71 mil cirurgias represadas. O problema já é antigo, mas se intensificou com a pandemia. De acordo com Fernanda, no ritmo atual, seriam necessários dois anos e meio para atender todo mundo, sem contar as novas cirurgias que entram no período. Com o mutirão, a fila pode ser zerada em, no máximo, quatro ou cinco meses.
“Apenas com a estrutura do SUS (Sistema Único de Saúde), não conseguiremos zerar essa fila. Precisamos sensibilizar os hospitais privados para entrarem com a gente nesse mutirão. Quando o privado ajuda a construir o SUS, é melhor para todo mundo”, afirma a diretora do Departamento Regional de Saúde de Campinas, Fernanda Penatti Ayres Vasconcelos, que também estará presente no encontro. “Precisamos fazer um trabalho em conjunto, estruturando a equidade do SUS, resgatando as possibilidades sociais e reconstruindo a saúde afetada pela pandemia”, diz.
As cirurgias previstas para o mutirão vão desde gerais até de alta complexidade, como cirurgia de coluna e quadril. No total, são 54 tipos de procedimentos diferentes.
Para a presidente da SMCC, Dra. Fátima Bastos, a união das iniciativas pública e privada já mostrou ser possível e com ótimos resultados. “Na pandemia, hospitais públicos e privados se uniram em um mesmo propósito. E isso foi muito importante. Hoje, todos ainda sentem os reflexos dos últimos dois anos. Esperamos que cada um possa dar sua contribuição para que todas essas pessoas, que aguardam em uma fila, muitas vezes em situações que impactam sua qualidade de vida, possam, enfim, ser operadas”, diz.