Evento virtual, promovido pela SMCC, marcou o Dia Mundial da Doença de Chagas
Em comemoração ao Dia Mundial da Doença de Chagas, celebrado em 14 de abril, a SMCC realizou o Simpósio sobre Doença de Chagas, que é classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) dentro do rol de doenças negligenciadas. O evento virtual, que aconteceu no Zoom, com transmissão ao vivo pelo Youtube, foi organizado em conjunto pela Seção de História da Medicina, Departamento de Cardiologia e Departamento Acadêmico, e teve a participação das Ligas de Cardiologia da PUC Campinas e da São Leopoldo Mandic.
O simpósio ainda pode ser assistido em nosso canal do Youtube, pelo link https://www.youtube.com/watch?v=lb0b59-8kTw
O evento contou com a participação dos palestrantes convidados Dr Ricardo Brandt de Oliveira, professor de Gastroenterologia da USP/Ribeirão, que abordou o tema “Alterações Gastrointestinais da Doença de Chagas”; Dr Luiz Cláudio Martins, professor de Medicina Interna e Semiologia, Grupo de Doença de Chagas da Unicamp, que deu uma aula sobre “Alterações Cardiológicas da Doença de Chagas”; e Dra. Cristina Brandt Friedrich Martin Gurgel, professora de Semiologia da PUC Campinas e membro da Seção de História da Medicina da SMCC. Ela encerrou as apresentações com a palestra “Uma abordagem histórica da Doença de Chagas”.
A abertura do simpósio foi feita pelo coordenador da Seção de História da Medicina da SMCC, Dr Roberto Bernardo dos Santos. “O Dia Mundial da Doença de Chagas é importantíssimo por se tratar de uma doença que acomete milhões de pessoas no mundo”, destacou. “Esta data é importante para uma maior visibilidade da moléstia e por contribuir para que os profissionais de saúde conheçam melhor a doença, e as pessoas conscientizem-se e busquem o diagnóstico e tratamento”, completou.
O evento contou, ainda, com os moderadores Dr Aloísio Marchi da Rocha, professor de Cardiologia da PUC Campinas, e Dra Carla Patrícia da Silva e Prado, do Departamento de Cardiologia da SMCC e professora de Cardiologia da São Leopoldo Mandic. Também participaram os acadêmicos de Medicina Luís Guilherme Bitencourt e Renata Mimessi, que contribuíram com a leitura de perguntas aos convidados.
Em sua explanação, ao abordar os tratamentos para megaesôfagos, o Dr Ricardo lembrou uma publicação feita na década de 40 em um boletim da SMCC. “Eu não poderia deixar de mencionar aqui nessa reunião o fato de que o pioneirismo do tratamento farmacológico é de um médico de Campinas, Dr Moisés Liberman, que, em 1947, no boletim da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas, descreveu, minuciosamente, o caso de um paciente com megaesôfago tratado com sucesso pela administração de trinitrina. Os nitratos são uma das opções que podem ser tentadas em pacientes com megaesôfago, principalmente do grupo 1”, lembrou.
Na opinião do Dr Roberto, um dos principais pontos abordados no evento foi a importância de se fazer o diagnóstico da doença. “Mesmo que o tipo de transmissão vetorial tenha diminuído, existem as outras formas de contágio”, explica. “O evento foi excelente, contou com uma presença significativa de assistentes (inscritos), entre médicos e acadêmicos de medicina. Os palestrantes foram extremamente didáticos nas suas exposições, integrando história da medicina com os pontos relevantes da doença”, avalia.
Os participantes receberão certificados pela presença.